Palitoxina

A Palitoxina e os seus análogos são das toxinas mais tóxicas, complexas, e menos compreendidas presentes na natureza, especialmente em ambiente marinho. A literatura refere que estas podem ser fatais para os seres humanos na ordem dos μg. Está demonstrado que a dose para a qual 50% dos animais expostos morrem após a administração intravenosa de Palitoxina (LD50) é de 0,033 mg/kg de peso corporal. Os efeitos adversos podem decorrer de diferentes

 

Considerando:

• A falta de dados quantitativos confiáveis sobre a toxicidade da Palitoxina em seres humanos; 

• Um LOAEL (dose mínima para a qual se observa efeito adverso) de 200 ng Palitoxina/kg para toxicidade oral aguda em ratos;

• Uma dose aguda de referência de 0,2 μg/kg, aplicada à soma da Palitoxina e Ostreocina-D (análogo).

Foi estabelecido pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) como o limite de tolerância na carne de marisco, o valor de 30μg/kg.

Em essência, falta informação detalhada sobre o potencial tóxico da Palitoxina e não há antídoto.

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Estudos in vitro sugerem que a Ubaína (Fig. 1), glicosídeo cardiotónico, apresenta efeitos inibidores da ação da Palitoxina, uma vez que esta é conhecida como inibidora da bomba Na+/K+, sendo também o alvo da Palitoxina, No entanto, sabe-se que existe uma supressão incompleta da atividade da Palitoxina pela Ubaína, a qual sugere que esta última não compete com a Palitoxina para o mesmo alvo molecular, ou seja, postula-se que existam dois locais de ligação na bomba.  Assim, para altas concentrações de Palitoxina, a Ubaína mostra-se como um modulador alostérico negativo e para baixas concentrações um antagonista não-competitivo. Esta hipótese poderia explicar a incapacidade da Ubaína evitar totalmente os efeitos citotóxicos induzidos pela Palitoxina. No entanto, poderá ser um ponto de partida para a descoberta de um potencial antídoto.

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